Psicóloga
CRP 12/20541

Gestalt-terapia - minha abordagem
A Gestalt-terapia surgiu nos anos 1940 com o casal Fritz e Laura Perls, a partir de discordâncias com a psicanálise freudiana. Sua teoria e prática vêm de aspectos de outras teorias, como as filosofias de base fenomenológica, a Psicologia da Gestalt, a Teoria de Campo, o Existencialismo, entre outras, tornando a Gestalt-terapia uma combinação única e inovadora de teorias já existentes.
A Gestalt-terapia ficou usualmente conhecida como a abordagem que trabalha com o “aqui-e-agora”, com o que acontece no momento. De fato esse é um conceito importante para a abordagem, mas não o vemos de maneira ingênua, que exclua tudo o que já foi vivido ou que não permita pensar sobre o futuro, muito pelo contrário. A concepção que temos sobre o tempo é de que no presente se encontram o passado e o futuro, ou seja, quando lembramos de algo ou imaginamos um futuro, estamos fazendo isso no momento presente. E o que lembramos ou imaginamos é, nessa visão, mais importante do que se pudéssemos ver em um filme o que de fato aconteceu, por exemplo.
Na psicoterapia a partir da abordagem Gestáltica, o cliente é sempre protagonista do processo, ou seja, a Gestalt-terapeuta não dirá o que o outro deve falar ou fazer, e nem interpretará suas vivências. Irá, sim, o auxiliar a se dar conta da maneira como age, a ampliar sua percepção sobre si mesmo para, assim, experimentar novos modos de viver e ter uma vida mais satisfatória para si. A relação que se estabelece entre cliente e terapeuta está baseada na ética e no respeito. Falar sobre si nem sempre é fácil, e por isso respeitamos o tempo de cada um, estando junto e acompanhando conforme a pessoa escolhe aquilo que deseja trabalhar e compartilhar. Além disso, olhamos também para aquilo que há de saudável em cada pessoa, pois entendemos que esses aspectos (sempre presentes, mas nem sempre percebidos) são o que nos fortalecem e auxiliam a enfrentar as adversidades da vida.
Dessa forma, a Gestalt-terapia é uma abordagem que possui, em seu corpo teórico, bases para que se forme uma relação terapêutica pautada na ética, no respeito, na humanidade e no acolhimento, aspectos fundamentais para que o processo terapêutico se desenrole.